A cidade de Pax Iulia foi fundada por Augusto, algures entre os anos 25 e 15 do séc. I a.C.. Foi capital de Conventus Pacensis uma das três circunscrições responsáveis pela organização das questões jurídicas e do culto imperial da província da Lusitânia.
Cidade com o estatuto de colónia romana, usufruía de privilégios que além da capital, Colónia de Emerita Augusta (Mérida), apenas Norba (a norte), Metellinum (a este) e Pax Iulia possuíam.
Pax Iulia dispunha de um vasto território, onde a exploração agrícola assumia grande importância, como testemunham as villae dispersas pelas boas terras dos barros de Beja. Além, dos produtos agrícolas, vinho, azeite e cereais, a mineração, também, se constituía como um dos sectores de riqueza desse imenso território que se estendia além do Guadiana.
Como em todas as capitais reconhecia-se em Pax Iulia um conjunto de edifícios relacionados com o exercício dos poderes civil, administrativo, jurídico e com o culto imperial. Era no forum, a praça principal da cidade, que se localizavam esses edifícios de prestígio. A imponência e a singularidade das construções do forum de Pax Iulia, revela-se hoje nos vestígios arqueológicos que se vão colocando a descoberto. Em Beja, o forum localizava-se junto à actual Praça da República, como testemunham as escavações recentemente realizadas nesse local, as quais permitiram meter a descoberto o maior templo romano conhecido em território nacional. A importância dos diversos achados que se vai observando, um pouco por todo o centro histórico da cidade, remetem-nos para a existência de outros edifícios, ainda que até ao presente não tenhamos logrado localizar o teatro, o anfiteatro ou o circo, edifícios que, certamente, existiram em tão importante cidade. A cidade romana sofreu alterações ao longo do tempo, os seus principais espaços adaptar-se-iam aos novos modelos e exigências funcionais que a evolução do vasto Império iria ditando.
Professora Conceição Lopes
BEJA REGRESSA AO PERÍODO DO ROMANO DE 13 A 15 DE MAIO
HERANÇA ROMANA