MUSEU REGIONAL DE BEJA | MUSEU RAINHA D. LEONOR
O espólio do Museu Regional de Beja está instalado no Convento Nossa Sra. da Conceição desde 1927 e foi ampliado com coleções provenientes de outros conventos e palácios da região. Entre o rico acervo do Museu, um dos mais significativos do país, realçamos o núcleo de pintura, composto por obras de mestres portugueses, espanhóis e holandeses, a secção lapidar, a coleção de Ourivesaria, e a secção de Arqueologia, centrada essencialmente no período romano, muito rico nesta região. Pela sua importância salienta-se, na pintura, o conjunto de quadros da escola primitiva portuguesa, nomeadamente o Ecce Homo (séc. XV), o S. Vicente (séc. XVI) da escola do Mestre do Sardoal, a Virgem da Rosa (séc. XVI), do pintor português Francisco de Campos, e um grupo de quatro painéis (séc. XVI), do pintor português António Nogueira, cujas pinturas representam a Visitação de Santa Isabel, a Descida da Cruz, a Ressureição e a Ascensão.
Pela entrada do Museu, o antigo Coro Baixo, salientam-se, os retratos dos fundadores do Convento. Na Igreja, do lado direito, encontram-se três altares em talha dourada, dos séculos XVII/XVIII, e um outro em mosaico florentino, do século XVII. Do lado esquerdo da Igreja podem observar-se painéis de azulejos dedicados a S. João Batista, datados de 1741. Ao centro da nave, encontram-se dois andores processionais em prata, setecentistas, dedicados a S. João Evangelista e S. João Batista.
O Claustro é composto por quatro quadras, ricamente ornamentadas com azulejaria portuguesa dos séculos XVII/XVIII, e azulejaria de xadrez quinhentista, proveniente de Sevilha.
Na Sala do Capítulo as paredes estão revestidas por ricos painéis de azulejos hispano-mouriscos quinhentistas. A abóbada, pintada a têmpera, data de 1727.
No 2º piso está exposta parte da coleção arqueológica de Fernando Nunes Ribeiro. Salienta-se, ao fundo da galeria, a “janela de Mértola”, diversas vezes mencionada nas célebres Cartas de Amor de Madre Mariana Alcoforado. A